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ENTREVISTA | GENITO GOMES
Entrevista feita em Novembro de 2015
NOME?
Genito Gomes - Nome do Branco
Nome Kaiowá - Significado: “Como o Raio, Ninguém segura essa pessoa” PAPEL NA TRIBO?
Exerço o papel de liderança não espiritual. Temos nosso Ñanderu, que é nosso líder espiritual. Eu sou o representante dos Kaiowá, do tekoha Guaiviry. Represento a tribo em relações com os órgãos competentes das causas indígenas.
TRIBO?
Kaiowá, Tekoha Guaiviry. LÍNGUA?
Kaiowá e Português. ONDE HABITAM?
Ocupamos um território de retomada na BR-463 e MS-386, Mato Grosso do Sul, entre Amambai e Ponta Porã, numa área de 950 hectares. A área total do tekoha Guaiviry que soma mais de 45 mil hectares, e essa é a nossa maior reivindicação. Queremos por direito que essa área total seja reconhecida como nossa terra tradicional e que nos fora tirada a força ao longos dos anos. Para que essas terras sejam reivindicadas de volta ao povo Kaiowá, que antes do movimento de retomada, vivia em áreas de reserva indígena demarcadas pela FUNAI e que era muito menor do que a área que hoje ocupamos dentro desse território, é preciso que o presidente da FUNAI, João Pedro Gonçalves, assine a reintegração de posse das terras tradicionais que lhes foram tirados décadas antes. Após a assinatura do documento, seria preciso levar o estudo do caso à justiça e assim por diante, até o Supremo Federal Nacional.
QUANTAS FAMÍLIAS HABITAM NESSA REGIÃO?
Vivem na região aproximadamente 95 famílias. GUAIVIRY - SIGNIFICADO DA PALAVRA?
Segundo Genito, no passado, antes de se denominar a área, um velho senhor de 80/90 anos morreu na região por conta das enxurradas, quando foi buscar água das minas d`agua na região. As fortes chuvas levaram o corpo do velho senhor, assim, a terra fora batizada de Guaiviry (Guaivi = Velho, Ry = Rio)
TEKOHA - SIGNIFICADO DA PALAVRA?
Tekoha: a territorialidade guarani
“Os Guarani hoje em dia denominam os lugares que ocupam de tekoha. O tekoha é, assim, o lugar físico terra, mato, campo, águas, animais, plantas, remédios etc. Onde se realiza o teko, o “modo de ser”, o estado de vida guarani. Engloba a efetivação de relações sociais de grupos macro familiares que vivem e se relacionam em um espaço físico determinado. Ideal- mente este espaço deve incluir, necessariamente, o ka’aguy (mato), elemento apreciado e de grande importância na vida desses indígenas como fonte para coleta de alimentos, matéria-prima para construção de casas, produção de utensílios, lenha para fogo, remédios etc. O ka’aguy é também importante elemento na construção da cosmologia, sendo palco de narrações mitológicas e morada de inúmeros espíritos. Indispensáveis no espaço guarani são as áreas para plantio da roça familiar ou coletiva e a construção de suas habitações e lugares para atividades religiosas.
Deve ser um lugar que reúna condições físicas (geográficas e ecológicas) e estratégicas que permitam compor, a partir da relação entre famílias extensas, uma unidade político-religiosa-territorial. Idealmente um tekoha deve conter, em seus limites, equilíbrio populacional, oferecer água boa, terras agricultáveis para o cultivo de roçados, áreas para a construção de casas e criação de animais. Deve conter, antes de tudo, matas (ka'aguy) e todo o ecossistema que representa, como animais para caça, águas piscosas, matéria-prima para casas e artefatos, frutos para coleta, plantas medicinais etc.”
QUAIS AS ORIENTAÇÕES DE UMA VIDA PLENA PARA O POVO KAIOWÁ DO TEKOHA GUAVIRY?
A vida tem que ser bem vivida. A vida tem que ser pra nós sem violência, andamos pela paz. O homem branco tem que respeitar nossa vida. Nossa vida é plantar e viver bem com nossa cultura. As crianças tem que brincar. Assim é a vida dos Kaiowá.
Uma vida melhor é isso. Para isso, precisamos do nosso tekoha, onde nascemos. COMO É A VIDA ESPIRITUAL KAIOWÁ?
A vida através das rezas espirituais não pode acabar. Nossa cultura não pode acabar. Através dos ensinamentos dos mais velhos, mantemos a tradição de nossa cultura. Não podemos ser prejudicados pela cultura do outro.
QUAL É A RELAÇÃO COM A MORTE, NA CRENÇA KAIOWÁ?
A relação da morte para os Kaiowá, seria para morrer de velho, não pela pistolagem, não seria pela escassez do sistema de saúde e negligência do estado que deveria nos ajudar. Após a morte, quando ela chega, há a reza para enviar o espirito do índio aos lugares sagrados, uma vez que o corpo é apenas enterrado e a alma tem que seguir o caminho. Esse caminho é o mesmo caminho de onde o nosso espirito veio. A alma segundo a crença, é enviada a Terra com uma missão, e quando completada a missão, é chamada de volta a sua origem, nesse outro mundo. A morte representa a mudança para esse outro mundo. Temos que morrer em nosso tekoha.
QUAL É A MAIOR FORÇA ESPIRITUAL?
Quem fez a terra foi o Ñanderu Guasu que somente o rezador Ñanderu pode atingir um dialogo com ele, através da reza. PARA VOCÊ, O QUE É TRISTEZA?
Para o povo que habita no tekoha Guaiviry, a maior tristeza passa pela morte do nosso cacique Nísio Gomes, ex-liderança Kaiowá. Há uma tristeza profunda pela morte e desaparecimento do corpo de Nísio Gomes da Silva, que foi levado pelos fazendeiros autores dos disparos que levaram a óbito. Não sabemos onde está o corpo do nosso cacique.
Outra tristeza enorme, vem pela decepção junto ao governo federal que não entrega as terras ao povo Kaiowá. Essa tristeza se estende em relação à todos que são coniventes com a exclusão da causa indígena: políticos, juízes, fazendeiros e população. Essa pressão que sufoca a voz indígena e acaba com nossa cultura desde o “descobrimento” pelo homem branco.
O extermínio de todas as tribos que antes habitavam o Brasil em terras que lhe foram tiradas, e ao decorrer da historia ter a in- versão de papeis, como que o povo indígena tivesse invadido terras de fazendeiros. O desrespeito com origens dos povos indígenas é a uma tristeza enorme.
PARA VOCÊ, O QUE É ALEGRIA?
Alegria para o povo do Tekoha Guaiviry, é a retomada de nossas terras ao longo dos últimos quatro anos. A partir dessa retomada, voltamos a ter uma identidade própria da cultura indígena, onde crianças podem brincar, jogar, dançar, rezar, mantendo as tradições de seu povo. Mesmo sendo um pequeno pedaço de terra retomada, já nos da um pouco de alegria e esperança.
Mesmo o governo não querendo entregar as terras já reconhecidas. Se sair a demarcação o mais rápido possível, a comunidade ficaria mais alegre ainda, porque dentro do tekoha teria mais animais selvagens convivendo com nossa tribo, teríamos mais matéria-prima para nossa sobrevivência
A retomada de terras gera uma alegria para a comunidade, que nas próximas gerações nascidas em terras livres, terão sua liberdade desde o momento que vier ao mundo. Uma criança privada de sua liberdade, onde não tem o direito de ir e vir para ser livre, não seria uma criança por um todo feliz. Haveria uma certa tristeza por conta de “amarras” em suas pernas, tirando seus direitos. Com terras livres, voltaríamos as tradições da caça e pesca, produtividade agrícola independente de agrotóxicos, viveríamos em harmonia com a natureza.
PARA VOCÊ, O QUE FALTA PARA O GOVERNO FEDERAL ASSINAR ESSA DEMARCAÇÃO?
Só depende do governo federal querer. Pode ser o mais rápido possível. Já foi escalado um antropólogo para analisar o caso e o antropólogo já entregou para o presidente da Funai, João Pedro Gonçalves, o estudo, que assim, faltaria somente o governo federal reconhecer e assinar o documento de posse a favor dos índios, em reconhecimento das áreas já demarcadas
QUAL A IMPORTÂNCIA DA TERRA, UMA VEZ QUE O TEMA PRINCIPAL DOS CONFLITOS É A DISPUTA POR TERRAS?
Terra para os indígenas é importante para nossa sobrevivência. Caçar, pescar e plantar o que quiser para comer. A terra nos dá matéria-prima para construirmos. Produzimos antídotos que nos curam de doenças com elemento retirados dessas terras.
Nós indígenas, não usamos venenos, agrotóxicos. Respeitamos a terra e a nossa roça. Terra para nós é vida. É quem nos fornece o alimento, plantas que são usadas medicinalmente. Nós indígenas não vendemos a terra, e o branco ja vendeu a terra. Tira qualquer coisa e vende para o não indígena. Nós não vendemos, porque a terra não pode ser vendida. Se vendermos a terra, nos prejudicamos.
QUAIS SÃO OS DEUSES KAIOWÁ?
Deus Kaiowá seria Ñanderu. Foi quem fez a água, a terra, o fogo, os animais, as florestas, os frutos e tudo aquilo que temos na natureza.
O Deus Ñanderu é atingido através da reza e não é representado por uma forma figurativa. Até os dias atuais, Ñanderu nunca foi morto, ele vive entre nós e continuará vivendo.
PAI SOL (FOGO): Sol é o pai de todos, que ilumina para todos. É trabalhador. Ninguém trabalha pelo escuro. De dia todos levantam e trabalham. De dia se trabalha, anda, viaja, brinca, planta, cuida de sua vida. O sol representa a paternidade. Para nossos pais, em respeito, nos levantamos.
MÃE LUA (ÁGUA): Lua seria o significado materno, por isso até duas horas da tarde, manda o Sol, após as 2 da tarde, começa o comando da mãe lua. Por isso, todos adormecem ao escurecer, se retiram de suas tarefas diárias, para descansar para um novo dia. Após 2 horas da manhã, volta o comando do Ñanderu sol, para um novo dia. Para nossas mães, em respeito, nos sentamos e escutamos sua sabedoria.
É sempre preciso respeitar o tempo do ciclo do sol e da lua, para que se tenha plenitude no dia a dia. Para se obter o alimento, a água e a energia que nos move. Todos precisam respeita-los.
ESTRELAS CADENTE: Na crença Kaiowá, significa que algo está prestes a acontecer na vida da pessoa quando esta pessoa avista uma estrela cadente. Significado de mudança, pois essa estrela representa algo que vai de um lugar para o outro.
"Rezadouro" na entrada da fazenda - SIGNIFICADO?
O Chiru. É o portal que nos protege. Essa estrutura afasta os males causados pela natureza e a energia ruim. Toda quinta feira, 14 portas do céu se abrem e através da reza em torno do Chiru pode-se atingir essas portas. Cada porta abre uma conexão com a natureza, através de raios. As portas somente são abertas pelo rezador Ñanderu, toda quinta feira, num momento sagra- do e de muito respeito espiritual. Por isso há na entrada da fazenda esse portal, para que seja feita tal celebração além de nos oferecer proteção.
COMO SE ESCOLHE O PAJÉ NA TRIBO KAIOWÁ?
O Pajé é escolhido por ser o mais sábio dentro da tribo. É aquele que durante a vida, desenvolveu habilidades extremas e sabedoria capaz de se conectar com Ñanderu, sendo o representante dessa divindade em terra, sendo um porta voz entre o divino e o povo.
Atinge o contato através do chocalho (M’baraká) e da reza. Para atingir tal condição não se transmite os ensinamentos pelo estudo. É algo mais divino. É uma seleção natural a escolha do rezador. Alguém irá atingir essa condição de forma natural e por sua vivência.
O Pajé é uma figura dotada de força a ser respeitada, sem lhe direcionar brincadeiras. Tem que se respeitar a sua figura por ser o porta voz entre o divino e o povo Kaiowá.
GOSTARIA QUE VOCÊ EXPLICASSE OS VESTUÁRIOS TÍPICOS E SUA IMPORTÂNCIA?
Cocar: Varia de tamanho. Feito de pena das aves ou de algum outro artefato escolhido por todos. Define a posição de cada um na tribo. O cocar varia de acordo com o sexo e a idade de cada um.
Para se ter um diálogo oficial, é preciso que se coloque o cocar, o colar e a pulseira, numa analogia, é como a vestimenta de um advogado na hora de advogar. Para os Kaiowá, é preciso que seu representante esteja vestido com colar, cocar, pulseira e trajes para todos respeitem suas tradições.
As roupas utilizadas nos rituais de reza, são utilizados para prender a atenção em respeito as tradições.
A pintura corporal, quando utilizada, significa que estamos prontos para o combate, seja na caça ou na luta contra os inimigos. Mostrando que somos indígenas verdadeiros. Mostrando que o indígena mantém suas tradições.
GOSTARIA QUE VOCÊ EXPLICASSE OS INSTRUMENTOS TÍPICOS E SUA IMPORTÂNCIA?
APITO - Quando tocado, pede-se variadas coisas. Depende do ritmo tocado não é apenas tocar. Você se comunica. Há tipo para parar chuva, há tipo para chamar a chuva. Não necessariamente para parar com a chuva, mas tocando o apito, você passa o sinal de onde você está, assim Ñanderu com a chuva, os raios, o trovão sabem onde está o indígena, e lhe poupará de sofrimentos e não o atingirá. Serve como uma conexão entre as forças da natureza e o indígena.
O apito é também tocado para se comunicar com os animais.
FLECHA - Algumas são utilizadas na caça. Outras flechas são utilizadas para o combate contra os inimigos. Essas flechas são rezadas, para que derrubem as pessoas, mesmo que as flechas passem meio metro das pessoas. Essas rezas, são chamadas junto a tempestades, para que derrubem o inimigo. São flechas rezadas para proteção da tribo e combate ao inimigo.
ARCO - Feitos com madeiras sagradas, que são rezadas e tem uma força capaz de derrubar o inimigo ao serem levantados. Essas forças são as forças da natureza.
QUAL O CICLO DE VIDA DE UMA CRIANÇA KAIOWÁ E SUA IMPORTÂNCIA PARA A TRIBO?
Para a criança é importante aprender para manter as tradições e cultura viva.
Na cultura Kaiowá, aos 14/15 anos a criança já se casa, assim, aprendendo com os mais velhos, precisam, estar atento para dar sequência na tradição. Na nossa cultura é comum ter a média de idade para se tornarem pais entre 13 a 14 anos. Depois da menstruação, as meninas já estão aptas para a vida materna, e o homem para assumir seu papel paterno abrindo assim os caminhos para uma vida adulta, sendo orientados, pelos seus pais.
COMO É A ESCOLHA DOS PARCEIROS, NO QUE SE RELACIONA A CONSTRUÇÃO DE UMA FAMÍLIA, DENTRO DA TRIBO?
Casa-se pela orientação do pai e da mãe. É preciso que se tenha parceria entre apenas um homem e uma mulher. Esse é o ideal. Manter-se num relacionamento com apenas um parceiro ou parceira. Quem foge a regra, foi mal instruído pelos pais.
Em caso de separação desse casal, se tiverem filhos, tem a necessidade de continuar morando próximo, para que se criem os filhos, que assim irão crescer e se desenvolver perto da família.
O QUE SE APRENDE COM OS ANCIÃOS DA TRIBO?
Significado de vida plena, que viveu-se bem e transmitiu suas sabedorias, transformando-se em professores para as próximas gerações. Souberam andar sob a terra, no caminho certo e errado. Transmitem para as próximas gerações a sabedoria. Repassam às crianças as sabedorias, que elas irão levar pela vida.
ALÉM DO ALIMENTO, QUAL É A RELAÇÃO DOS ANIMAIS PARA O KAIOWÁ?
São transmissores de sabedorias. Aprende-se muito com os animais estudando o comportamento de cada um, você aprende movimentos corporais de dança, locomoção e abordagem. Os animais transmitem a sabedoria de como e quando se aproximar de determinado lugar.
QUAL A MPORTÂNCIA DA DANÇA?
Momento de recepção de convidados de outras aldeias, há também a questão da dança pela festa e agradecimento por boas energias e boas safras. Há a dança agradecendo o alimento. Por isso se dança muito, geralmente para acolher e agradecer.
O QUE É O SAGRADO FORA DO MUNDO ESPIRITUAL?
A Terra.A árvore, a mata, animais em abundância, água, peixes. Quando nos juntamos para nos alimentarmos, em grupo também é um momento sagrado.
QUAIS OS MÉTODOS ADOTADOS QUANDO UMA CRIANÇA OU UM ADULTO FOGEM DO COMPORTAMENTO PADRÃO DA TRIBO?
No caso da criança, se ensina a essa criança, através de orientação. Por exemplo, se há um desrespeito por parte da criança a algum outro membro da tribo, se essa criança briga, ou faz qualquer outro ato de desacordo com as regras da tribo, ela recebe uma ordem de um superior, que geralmente da a opção para que essa criança se redima fazendo alguma tarefa útil à todos da tribo, e se por acaso, recusar-se a tal tarefa, assim, entra o castigo maior em forma de castigo, as vezes como uma palmada, servindo-lhe assim como castigo máximo. Sempre é oferecido duas opções. A de fazer uma tarefa cotidiana, ou o castigo físico, que é raro, pois prefere-se realizar uma tarefa.
Adulto - Depende do que foi feito e da idade dele. Geralmente o caso é passado para seus parentes mais velhos para que se tome uma atitude perante a tal feito. Se continuar o ato, chama toda a família e conversa com todos para que todos decidam o que terá de ser feito e a melhor forma de se contornar a situação. O castigo é a ultima opção, pois é preciso de um senso de comunidade para que todos se achem, e a liderança da tribo tem a responsabilidade de conversar com todos para que se mostre a importância da orientação para se seguir nos caminhos corretos para se manter as tradições indígenas.
Quando se tem mais idade, por exemplo, alguém com mais de 60 anos briga com alguém, o filho passa a ter responsabilidade sobre o pai, e através da conversa, mostra que não se pode repetir o ato, caso, continue o problema, há a necessidade de re- pressão maior, excluindo a pessoa do tekoha. Tenta-se ao máximo levar tudo pela conversa.
QUAL A MENSAGEM VOCÊ GOSTARIA DE PASSAR PARA QUEM ACOMPANHAR ESSE TRABALHO?
Como liderança Kaiowá escolhida pelo povo do tekoha Guaiviry, gostaria de mostrar que a criançada vive bem aqui em nossas terras, nós aqui levamos bem a nossa cultura tradicional, aqui nos não abandonamos a nossa cultura e estamos levantando novamente ela.
Nós pescamos, rezamos, dançamos, ensinamos nossas tradições. Cada dia buscamos manter nossas origens e tradições. Infelizmente em alguns lugares esta cultura indígena está se perdendo, se diluindo na cultura branca. Aqui no nosso tekoha Guaiviry, nós Kaiowá vemos a necessidade de se manter nossas origens. Gostaria que mostrasse como que aqui se vive e que a vida não é uma vida presa. Aqui damos a liberdade a quem aqui está. Aqui no tekoha Guaiviry, todos tem a liberdade de ir e vir, pela simplicidade. Quem quiser vir, está aberto para se ver como que é a nossa tradição.
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